Intimidade (Portugal)
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Confiar em Si Próprio e no Outro As relações de curta duração são cada vez mais comuns numa sociedade como a nossa, que pouco a pouco se vai afastando das suas raízes e da estrutura familiar tradicional e aceita cada vez mais abertamente o sexo livre.
Confiar em Si Próprio e no Outro As relações de curta duração são cada vez mais comuns numa sociedade como a nossa, que pouco a pouco se vai afastando das suas raízes e da estrutura familiar tradicional e aceita cada vez mais abertamente o sexo livre.
Extraído de: Prefácio
“Toda a gente tem medo da intimidade – ter ou não ter consciência desse medo é outra história. A intimidade significa expor-se perante um estranho – e todos nós somos estranhos; ninguém conhece ninguém. Somos mesmo estranhos a nós próprios, porque não sabemos quem somos.
A intimidade aproxima-o de um estranho. Tem de deixar cair todas as suas defesas; só assim a intimidade é possível. E o seu medo é que se deixar cair todas as suas defesas, todas as suas máscaras, quem sabe o que o estranho lhe poderá fazer. Todos nós andamos a esconder mil e uma cisas, não só dos outros mas de nós próprios, porque fomos criados por uma humanidade doente com toda a espécie de repressões, inibições e tabus. E o medo é que, com alguém que seja um estranho – e não importa se se viveu com a pessoa durante trinta ou quarenta anos; a estranheza nunca desaparece -, parece mais seguro manter uma ligeira defesa, uma pequena distância, porque alguém se poderá aproveitar das suas fraquezas, da sua fragilidade, da sua vulnerabilidade.
Toda a gente tem medo da intimidade. O problema torna-se mais complicado porque toda a gente que intimidade. Toda a gente quer intimidade porque, de outro modo, está sozinho neste Universo – sem um amigo, sem um amante, sem ninguém em quem confiar, sem ninguém a quem abrir todas as suas feridas. E as feridas não saram se não forem abertas. Quanto mais as esconde, mais perigosas elas se tornam. Podem ficar cancerosas.
Por um lado, a intimidade é uma necessidade básica, por isso toda a gente a deseja. Quer que a outra pessoa seja íntima, para que ela deixe cair as suas defesas, se torne vulnerável, abra todas as suas feridas, deixe cair todas as suas máscaras e falsa personalidade, fique despida tal como é. E, por outro lado, toda a gente tem medo da intimidade – quer ter intimidade com a outra pessoa, mas não deixa cair as suas defesas. E este é um dos conflitos que se levantam entre os amigos, entre os amantes: ninguém quer deixar cair as suas defesas e ninguém quer ficar em absoluta nudez e sinceridade, aberto – e ambos precisam de intimidade.
Se não deixar cair todas as suas repressões e inibições – que são a herança da sua religião, da sua cultura, da sua sociedade, dos seus pais, da sua educação – nunca conseguirá estabelecer intimidade com ninguém. E terá de ser você a tomar a iniciativa.
Mas se em si não houver quaisquer repressões, quaisquer inibições, então também não haverá nenhumas feridas. Se levou uma vida simples e natural, não existe o medo da intimidade, mas sim a enorme alegria de duas chamas que se aproximam tanto que se tornam praticamente uma só. E esse encontro proporciona contentamento, prazer e satisfação absolutos. Mas antes de poder fazer uma tentativa, terá de limpar a fundo a sua casa.
Só um homem de meditação pode permitir que a intimidade aconteça. Ele não tem nada a esconder. Ele próprio deixou cair tudo aquilo que o fazia ter medo de que alguém descobrisse. Ficou apenas com o silêncio e um coração afectuoso.” Osho
A intimidade aproxima-o de um estranho. Tem de deixar cair todas as suas defesas; só assim a intimidade é possível. E o seu medo é que se deixar cair todas as suas defesas, todas as suas máscaras, quem sabe o que o estranho lhe poderá fazer. Todos nós andamos a esconder mil e uma cisas, não só dos outros mas de nós próprios, porque fomos criados por uma humanidade doente com toda a espécie de repressões, inibições e tabus. E o medo é que, com alguém que seja um estranho – e não importa se se viveu com a pessoa durante trinta ou quarenta anos; a estranheza nunca desaparece -, parece mais seguro manter uma ligeira defesa, uma pequena distância, porque alguém se poderá aproveitar das suas fraquezas, da sua fragilidade, da sua vulnerabilidade.
Toda a gente tem medo da intimidade. O problema torna-se mais complicado porque toda a gente que intimidade. Toda a gente quer intimidade porque, de outro modo, está sozinho neste Universo – sem um amigo, sem um amante, sem ninguém em quem confiar, sem ninguém a quem abrir todas as suas feridas. E as feridas não saram se não forem abertas. Quanto mais as esconde, mais perigosas elas se tornam. Podem ficar cancerosas.
Por um lado, a intimidade é uma necessidade básica, por isso toda a gente a deseja. Quer que a outra pessoa seja íntima, para que ela deixe cair as suas defesas, se torne vulnerável, abra todas as suas feridas, deixe cair todas as suas máscaras e falsa personalidade, fique despida tal como é. E, por outro lado, toda a gente tem medo da intimidade – quer ter intimidade com a outra pessoa, mas não deixa cair as suas defesas. E este é um dos conflitos que se levantam entre os amigos, entre os amantes: ninguém quer deixar cair as suas defesas e ninguém quer ficar em absoluta nudez e sinceridade, aberto – e ambos precisam de intimidade.
Se não deixar cair todas as suas repressões e inibições – que são a herança da sua religião, da sua cultura, da sua sociedade, dos seus pais, da sua educação – nunca conseguirá estabelecer intimidade com ninguém. E terá de ser você a tomar a iniciativa.
Mas se em si não houver quaisquer repressões, quaisquer inibições, então também não haverá nenhumas feridas. Se levou uma vida simples e natural, não existe o medo da intimidade, mas sim a enorme alegria de duas chamas que se aproximam tanto que se tornam praticamente uma só. E esse encontro proporciona contentamento, prazer e satisfação absolutos. Mas antes de poder fazer uma tentativa, terá de limpar a fundo a sua casa.
Só um homem de meditação pode permitir que a intimidade aconteça. Ele não tem nada a esconder. Ele próprio deixou cair tudo aquilo que o fazia ter medo de que alguém descobrisse. Ficou apenas com o silêncio e um coração afectuoso.” Osho
Publisher | Bertrand Editora |
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ISBN-13 | 978-9722527668 |
Dimensions (size) | 11 x 17cm |
Number of Pages | 208 |
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